Seminário em Prudentópolis reafirma liderança do PR na produção de mel
Evento destaca o crescimento da meliponicultura, em meio ao aumento da demanda
15/11/2025
O guarapuavano Valde Foss Wunsch é um dos palestrantes O avanço da meliponicultura no Estado marca o 19º Seminário Paranaense de Meliponicultura, realizado neste sábado (15) em Prudentópolis, no Centro-Sul do Paraná. O evento ocorre num momento em que o Estado confirma sua posição de maior produtor de mel do Brasil e registra crescimento significativo na criação de abelhas nativas sem ferrão — atividade que tem atraído pesquisadores, agricultores familiares e novos criadores. Entre os convidados, está o guarapuavano Valde Foss Wunsch, especialista reconhecido na área e um dos palestrantes do encontro.
Organizado pela Câmara Técnica de Meliponicultura – que reúne o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), universidades, associações de produtores e entidades públicas – o seminário promove palestras e oficinas com foco em manejo, qualidade dos produtos, sustentabilidade e mercado. A programação busca aproximar ciência e prática rural, além de fortalecer uma cadeia produtiva que se tornou estratégica tanto pela renda quanto pelo papel ambiental.
Prudentópolis, que concentra o maior número de propriedades rurais cadastradas na atividade no Estado, é considerada um polo natural para sediar o encontro. Segundo o extensionista do IDR-Paraná Marlon Tiago Hladczuk, o mercado vive uma fase de valorização dos produtos da meliponicultura. “Os preços vêm melhorando, tanto do mel como da cera. O pólen da abelha sem ferrão, o samburá, também está muito buscado. Isso gera renda ao produtor”, afirma.
O extensionista destaca ainda o reforço do apoio público. “O IDR-Paraná vem capacitando 25 técnicos dedicados à apicultura, incluindo a meliponicultura. A intenção é conectar essa renda com outras atividades da propriedade rural, como grãos e fruticultura. Além disso, há os retornos ambientais — especialmente a polinização, fundamental para boa parte das culturas agrícolas”, diz.
A política estadual inclui programas como o Coopera Paraná, que incentiva associações e cooperativas da agricultura familiar envolvidas com a cadeia do mel, e o Banco do Agricultor Paranaense, que oferece linha de crédito específica para a atividade, com juros totalmente subsidiados para pequenos produtores.
Por que o mel é tão procurado e recomendado
O mel tem mantido demanda crescente no Brasil e no exterior por uma combinação de fatores nutricionais, medicinais e culturais. Naturalmente rico em açúcares simples, minerais, antioxidantes e compostos bioativos, ele é reconhecido como uma alternativa mais nutritiva ao açúcar refinado. É recomendado por nutricionistas pela capacidade de fornecer energia rápida, aliviar irritações na garganta, ajudar na imunidade e — quando consumido com moderação — integrar dietas que buscam reduzir produtos ultraprocessados.
No caso das abelhas nativas sem ferrão, o mel apresenta características ainda mais valorizadas: sabores mais distintos, maior acidez natural e presença elevada de compostos aromáticos, o que o coloca como produto gourmet e de nicho. Em algumas espécies, o mel é considerado medicinal por comunidades tradicionais e pesquisadores devido à ação antibacteriana e anti-inflamatória.
Uma cadeia que cresce junto com a consciência ambiental
A expansão da meliponicultura no Paraná também acompanha a atenção crescente à conservação das abelhas nativas — polinizadoras fundamentais para sistemas agrícolas e para a manutenção da vegetação nativa. Isso explica por que produtores de grãos, fruticultores e agricultores familiares têm integrado a criação de abelhas sem ferrão às atividades tradicionais da propriedade.
Com mercado em expansão, políticas públicas estruturadas e crescente qualificação técnica, o seminário deste fim de semana consolida Prudentópolis como vitrine da meliponicultura paranaense — e reforça o papel de especialistas como Valde Foss Wunsch na difusão de conhecimento que tem transformado a atividade em símbolo de sustentabilidade e oportunidade econômica no campo.
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