Assassino de Tatiane Spitzner quis ficar com a herança dela, depois de matá-la
Condenação de Luís Felipe Manvailer se torna definitiva após anos de recursos; ele tentou herdar bens da esposa morta
18/06/2025
Luís Felipe Manvailer, o homem condenado por matar brutalmente sua esposa Tatiane Spitzner em 2018, em Guarapuava, tentou ficar com a herança da vítima — mesmo depois de tê-la agredido, arrastado pelo chão e jogado do quarto andar.
A chocante tentativa foi feita durante o processo judicial, enquanto Manvailer ainda lutava nos tribunais para se livrar da condenação. Agora, com o veredito final confirmado pela Justiça, ele está formalmente excluído da sucessão dos bens de ex-esposa.
Tatiane, uma advogada e professora universitária de apenas 29 anos, teve a vida brutalmente interrompida em uma noite que chocou o país. Imagens de câmeras de segurança do prédio onde vivia com o marido mostraram o horror: Manvailer arrastando o corpo dela pelo corredor, momentos depois de, segundo os laudos, tê-la espancado e jogado o corpo pela sacada do prédio, na área central da cidade.
Apesar das evidências e da comoção nacional, Manvailer tentou o impensável: pediu na Justiça o direito de herdar os bens da mulher que ele assassinou. O argumento? Que, como marido, ainda teria direitos legais como cônjuge sobrevivente.
Mas a Justiça disse não. Amparada pela chamada cláusula de “indignidade”, que impede herdeiros que atentam contra a vida do autor da herança, a família de Tatiane entrou com uma ação e conseguiu barrar o pedido. “É revoltante. Ele tirou a vida dela e ainda teve a audácia de querer os bens dela”, desabafou uma pessoa próxima da vítima, .
Manvailer depois de preso: tentativa de negar o crime e condenação confirmada pelos tribunais
A sentença final contra Manvailer foi confirmada por todas as instâncias – inclusive o Supremo Tribunal Federal. Ele foi condenado a 31 anos e 9 meses de prisão por feminicídio qualificado, com agravantes por motivo torpe e crueldade.
Tatiane era admirada por colegas e estudantes da universidade onde lecionava. Amigos a descrevem como “brilhante, doce e cheia de vida”. Desde o crime, a família luta para manter viva sua memória e garantir que seu nome não seja associado apenas à tragédia.
Manvailer, ex-professor universitário, está preso desde 2018. Agora, com todos os recursos esgotados, não há mais saída legal. A única coisa que lhe resta é cumprir, dia após dia, sua longa pena atrás das grades – sem Tatiane, sem liberdade, e sem a herança que tentou tomar da mulher que matou.
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