“Gordão do Novo Cangaço”, um dos responsáveis pelo ataque a Guarapuava, estava foragido há 2 anos

Até hoje, há dúvidas sobre quem foi o líder da quadrilha que manteve a cidade sob ataques contínuos durante 4 horas

A Polícia de São Paulo divulgou detalhes da prisão de Heberson de Macedo Martins, conhecido como “Gordão do Novo Cangaço”, identificado como um dos principais envolvidos nos ataques à transportadora de valores Protege/ProForte e ao quartel do 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Guarapuava.

A prisão de Macedo Martins aconteceu ontem (quarta-feira, 17), na mesma data em que os atentados completaram dois anos. Esse é o tempo, também, que o criminoso era tido como foragido da Justiça, entre as diversas pessoas indiciadas como participantes da tentativa de assalto à transportadora e na morte de um policial-militar, o então cabo Ricieri Chagas, do CHOQUE do 16º BPM.

Policiais da divisão de defesa do patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), de São Paulo, prenderam Heberson “Gordão” no bairro Capão Redondo, zona sul da capital paulista, num condomínio na Estrada de Itapecerica. Ele portava oito porções de um tipo de haxixe, conhecido como “Dry”, substância produzida a partir de tricomas, glândulas de resina da cannabis. Ele jogou a droga e três celulares pela janela, mas os policiais conseguiram resgatar.

TRÁFICO DE DROGAS

Heberson Macedo Martins responde na Justiça de São Paulo por tráfico de drogas. Uma das “praças” fica em Itapevi (região de Osasco, zona oeste de SP), mesma área onde foi descoberto um depósito de armas que teriam sido usadas no mega-assalto em Guarapuava. Os policiais tinham ordem de prisão contra Heberson Macedo Martins, que conseguiu fugir. Naquela ocasião, foi detido Ícaro Ryan Lopes, de 19 anos.

O arsenal era composto por 11 armas, incluindo fuzis, submetralhadora, revólver, 21 carregadores, coletes à prova de bala, além de placas de carro, maconha, cocaína e crack.

Arsenal encontrado numa residência ocupada por "Gordão do Novo Cangaço", em Itapevi, zona oeste de São Paulo. Naquela ocasião, ele conseguiu fugir

Ataque ao quartel da PM em Guarapuava, enquanto outra parte do banco, no lado oposto da cidade, dominava vigilantes em tentativa de assalto à agência de valores

O Portal Paraná Central fez contato com o setor de comunicação da Polícia Civil do Paraná, em Curitiba, para saber se Heberson Gordão será transferido para Guarapuava, já que parte dos inquéritos e processos corre pela 14ª Subdivisão Policial e pelo Judiciário da Comarca local. A reportagem está aguardando esta e outras informações solicitadas. As investigações são conduzidas por uma força-tarefa composta de policiais de São Paulo e Paraná.

Pelo que é sabido, esta é 18ª prisão relacionada aos atentados em Guarapuava, com sete réus já condenados. Até hoje, a maior dúvida é saber quem foi o líder da operação, que durante 4 horas ininterruptas transformou Guarapuava numa praça de guerra.