Dono de cerealista é procurado por aplicar golpes em Guarapuava e no Oeste: R$ 11 milhões
Celso Fruet "sumiu" com produtos e há estimativas de que prejuízos passem de R$ 50 milhões
10/08/2025
Cooperativa Copacol comprou instalações que pertencia à Cerealista Fruet, em Campo Bonito. Até agora, 104 produtores registraram queixa por rouboO proprietário de uma cerealista no Oeste do Paraná, investigado por aplicar golpes também contra agricultores de Guarapuava, está sendo procurado pela polícia por ter desaparecido com produtos qu somam R$ 11 milhões.
O empresário Celso Fruet era dono de uma cerealista em Campo Bonito (regiãode Cascavel). Segundo informou ao G1 a delegada Raiza Bedim, da Polícia Civil de Guaraniaçu, 104 produtores registraram boletim de ocorrência. Eles afirmam ter armazenado soja e milho nos silos da empresa, que deveria vender os grãos e repassar o valor acordado.
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No dia 21 de julho, um grupo de produtores foi ao local para negociar e encontrou as instalações vazias, sem funcionários, equipamentos ou grãos. “Eu estava guardando com ele e ele simplesmente sumiu. Agora não sei o que vamos fazer”, disse o agricultor Laerte Mioranza, cliente há seis anos.
De acordo com a polícia, Fruet atraía produtores oferecendo valores por saca acima da média de mercado. Na última safra de soja, enquanto a cotação local girava em torno de R$ 100, ele oferecia até R$ 105.
O empresário atuava há quarenta 30 anos no setor e já havia sido investigado por prática semelhante em Virmond, município, além de Guarapuava.
A defesa informou, em nota, que solicitou acesso ao inquérito e que a ausência em depoimento se deveu a incompatibilidade de agenda. No entanto, a delegada afirma que Fruet não compareceu a duas convocações e que nem seus advogados conseguem contato com ele.
Empresa foi vendida à cooperativa Copacol
A empresa que pertencia a Fruet foi vendida por ele à cooperativa Copacol. No final do mês, centenas de agricultores reuniram-se na frente da empresa, em protesto. Há estimativas de que o prejuízo pode chegar e até passar de R$ 50 milhões.
A Copacol enviou nota dizendo que comprou apenas o imóvel e os equipamentos da cerealista, na PR-474, e que tudo foi feito “dentro da lei”.
O grupo Cantu, do setor de alimentos, também se pronunciou. Disse que segue à disposição para dar informações tanto aos agricultores quanto às empresas envolvidas.
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