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Apenados reformam sede de entidade que atende crianças em Guarapuava

Obra foi realizada por 10 internos da Penitenciária Estadual de Guarapuava, em parceria com a Polícia Penal do Paraná e a Fundação Proteger

21/10/2025
Ato de entrega das obras: Ato de entrega das obras: "Modelo que pode ser replicado em outras estruturas"

Dez pessoas privadas de liberdade da Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG) participaram da reforma da nova sede da Fundação Proteger, organização da sociedade civil que atende crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social no município. A obra foi entregue nesta semana, após sete meses de trabalho.

A ação é resultado de uma parceria entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e a Fundação, que cedeu um imóvel desativado para receber os atendimentos. A mão de obra prisional foi empregada na reforma do espaço, que agora abriga ambientes destinados a equipes técnicas, atendimentos individuais e espaços de convivência.

Os presidiários que participam desse modelo de trabalho são beneficiados com redução da pena e, também, aceleram o processo de ressocialização.

O objetivo, segundo a direção da PPPR, é promover a reinserção social de apenados por meio do trabalho, em um modelo que busca unir segurança pública e responsabilidade social.

“Com oportunidade e orientação, é possível transformar vidas e devolver à sociedade resultados positivos”, afirmou o coordenador regional da PPPR em Guarapuava, Marlon Rafael Picioni. “Essa parceria mostra que podemos unir esforços em prol do bem comum.”

A reforma da sede começou em março e foi concluída sem repasses financeiros diretos, o que, segundo a procuradora da Fundação Proteger, Angela Maria Kokucziki, gerou economia de recursos públicos, possibilitando novos investimentos no atendimento às crianças.

“Graças ao empenho e comprometimento dos internos, conseguimos transformar um prédio antes desativado em um espaço digno, acolhedor e funcional”, disse Kokucziki.

O diretor da PEG, Alessandro dos Santos, destacou o impacto do trabalho para os próprios detentos. “Eles compreenderam que estavam contribuindo para algo muito maior: um ambiente que oferece cuidado, proteção e novas oportunidades de vida”, afirmou.

Fundada em Guarapuava, a Fundação Proteger atua com equipes multiprofissionais formadas por psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e educadores. A instituição presta atendimento a crianças e adolescentes em situação de risco por negligência, violência ou abandono.

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