Prisões confirmam o alto índice de violência contra a mulher em Guarapuava
Em apenas uma operação, foram presos 18 homens foragidos
19/08/2025
Guarapuava voltou a confirmar índices que colocam a região como uma das mais elevadas em violência contra a mulher no Paraná.
Em duas semanas, a Delegacia da Mulher efetuou 18 prisões de foragidos da Justiça no âmbito da Operação Shamar, ação nacional de combate à violência de gênero coordenada pelo Ministério da Justiça.
Operação Shamar foi organizada pelo Ministério da Justiça em todo o Brasil no combate à violência contra a mulher. Em Guarapuava, precisou do reforço de policiais de outras cidades
As recentes prisões em Guarapuava se somam a 43 mandados contra homens acusados de violência contra mulher, cumpridos no primeiro semestre deste ano na Comarca.
A Operação Shamar, realizada em todo o país, mobiliza polícias civis e militares para intensificar a repressão a crimes de violência doméstica e feminicídio, além de promover campanhas de conscientização.
Em Guarapuava, a ofensiva contou com reforço de policiais de Curitiba e São José dos Pinhais. Além das prisões, a delegacia local cumpriu mandados de busca e apreensão e organizou palestras em escolas e instituições, com foco em medidas protetivas e canais de denúncia.
Combate à violência exige políticas públicas e mudanças estruturais efetivas
O volume de prisões chama atenção pelo contraste com o tamanho de Guarapuava, comparativamente a centros maiores. Segundo dados do Ministério da Justiça, Guarapuava está entre os municípios médios do Paraná com maior taxa proporcional de ocorrências de violência contra mulheres.
Para autoridades locais, a intensidade da repressão policial revela tanto a eficácia das operações quanto a persistência estrutural do problema.
Os números denunciam, com clareza, a gravidade da violência de gênero na região, que permanece como um problema urgente a ser enfrentado com políticas sistemáticas e preventivas.
Guarapuava, nesse cenário, aparece não apenas como um polo de ação policial, mas como um sinal de alarme, sobre a necessidade de aprofundar ações de educação, proteção e mudança cultural.
Especialistas alertam que, embora as prisões sejam fundamentais, o enfrentamento da violência de gênero exige políticas públicas de longo prazo – como ampliação de abrigos para vítimas, fortalecimento da rede de proteção e educação preventiva nas comunidades.
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