Azul deixará de voar em Guarapuava a partir de setembro
Empresa já havia cancelado voos para Campinas e agora encerra operação para Curitiba; alta de custos e falta de aviões estão entre os motivos
03/07/2025
A companhia aérea Azul vai encerrar sua operação no aeroporto de Guarapuava (PR) a partir de 1º de setembro. O último voo da empresa com destino a Curitiba (Afonso Pena) será realizado em 31 de agosto, segundo nota encaminhada à imprensa.
O motivo, segundo a empresa, é o aumento dos custos operacionais, a baixa disponibilidade de aeronaves e o reequilíbrio da malha aérea diante da demanda atual de passageiros. A medida faz parte de um processo de reestruturação da companhia, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos no início do ano, via Chapter 11.
Com a decisão, Guarapuava deixará de ter voos comerciais regulares a partir de setembro.
A suspensão da rota para Curitiba ocorre apenas cinco meses após a empresa ter cancelado os voos diretos para Campinas (SP), que operavam no aeroporto Viracopos. Na ocasião, a Azul alegou dificuldades na manutenção da frota e baixa rentabilidade do trecho, embora a ocupação média dos voos fosse considerada satisfatória.
Para manter a conectividade da cidade, a companhia optou por transferir as operações para Curitiba, mas agora decidiu pelo encerramento total da base.
“A companhia reavalia constantemente suas operações como parte de um processo normal de ajuste de capacidade à demanda”, afirmou a Azul em nota. A empresa informou ainda que os passageiros com voos marcados após 1º de setembro serão comunicados e reacomodados, conforme determina a Resolução 400 da Anac.
Desde março, a Azul tem promovido cortes em sua malha doméstica. Cidades como São Carlos (SP), Toledo (PR) e Pato Branco (PR) também deixaram de ser atendidas. Em contrapartida, a empresa tem priorizado rotas internacionais e destinos com maior rentabilidade, em um movimento apoiado por credores no processo de reestruturação financeira.
Segundo analistas do setor, o encerramento das operações em cidades menores tende a se intensificar, principalmente entre companhias que enfrentam pressão cambial e encarecimento de insumos importados, como peças de reposição e combustível.
Com o recuo da Azul, Guarapuava volta a depender exclusivamente do transporte rodoviário. O aeroporto municipal Tancredo Thomas de Faria recebeu investimentos públicos nos últimos anos, incluindo a instalação de equipamentos de navegação e segurança, além de melhorias na pista. Ainda não há previsão de substituição da companhia por outra operadora.
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