Vereador de Goioxim não morreu de infarto, aponta laudo; família fala em homicídio por estrangulamento

GOIOXIM – A morte do vereador de Goioxim José Neuri da Silva, 58, inicialmente atribuída a um infarto, passou a ser tratada pela Polícia Civil como homicídio por estrangulamento. A mudança de rumo da investigação foi confirmada por advogau da Advocacia Miguel Nicolau Jr que representam a família, em nota divulgada nesta segunda-feira (25).

De acordo com o escritório, o laudo de necropsia concluiu que Silva foi asfixiado até a morte. A perícia identificou fratura do osso hioide, hemorragias na região do pescoço e manchas nos pulmões – sinais clássicos de estrangulamento mecânico.

O caso ocorreu em 22 de julho, quando o vereador foi encontrado morto em uma área de mata de Goioxim, após caminhar com um amigo. À época, as primeiras informaçõeos que chegaram aos veículos de comunicação era deque a causa havia sido um "infarto fulminante".

Contradições e avanço das investigações

Segundo a defesa, as oitivas de testemunhas e os exames periciais afastaram a hipótese de morte natural. “Há provas robustas acerca da autoria do crime”, diz a nota. O inquérito, que tramita na Delegacia de Cantagalo, segue em segredo de Justiça, o que impede a divulgação de nomes de suspeitos ou eventuais envolvidos.

Apesar da conclusão sobre a causa da morte, a polícia ainda não identificou a motivação do crime. “Aguardamos o indiciamento do autor, com a consequente responsabilização”, afirma a família.

Impacto político e silêncio oficial

A morte do vereador, que exercia mandato pela Câmara de Goioxim, provocou comoção no município de pouco mais de 7 mil habitantes. Até o momento, a Polícia Civil não se manifestou publicamente sobre a nova linha de investigação.

A expectativa é que o inquérito seja concluído nas próximas semanas, o que deve esclarecer a autoria e as circunstâncias do homicídio.