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Em Guarapuava, preços de alimentos recuam 0,47% em setembro, acompanhando tendência de queda no Paraná

O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) do Estado registrou queda de 0,33% em setembro

08/10/2025
 Esse foi o quarto mês consecutivo de alívio nos preços médios dos produtos que compõe o índice. Os declínios anteriores foram de 0,53% em junho, 0,72% em julho e de 0,58% em agosto Esse foi o quarto mês consecutivo de alívio nos preços médios dos produtos que compõe o índice. Os declínios anteriores foram de 0,53% em junho, 0,72% em julho e de 0,58% em agosto

Os preços de alimentos e bebidas em Guarapuava caíram 0,47% em setembro, marcando o quarto mês consecutivo de retração no município e refletindo uma tendência estadual de desaceleração inflacionária no setor. O dado integra o Índice Ipardes de Preços Regionais – Alimentos e Bebidas (IPR), divulgado nesta semana, e posiciona Guarapuava entre os municípios com maior redução no mês, atrás apenas de Umuarama (-0,69%).

A deflação nos preços médios de alimentos em Guarapuava contribuiu para a retração de 0,33% no índice estadual, que já havia registrado quedas de 0,53% em junho, 0,72% em julho e 0,58% em agosto. No acumulado de 2025, a inflação de alimentos no Paraná está em 1,51% – queda de 0,34 ponto percentual em relação ao mês anterior. Em 12 meses, a taxa é de 5,98%, o que representa um recuo de 1,47 ponto percentual.

O alívio nos preços é atribuído, sobretudo, à desaceleração em três grupos-chave: tubérculos e raízes (-11,64%), hortaliças e verduras (-6,3%) e cereais (-2,37%). Produtos como pepino, abobrinha, cebola, tomate, batata-inglesa e melancia apresentaram retrações expressivas. Em Guarapuava, por exemplo, o pepino teve queda de 27,02%, enquanto a abobrinha acompanhou a tendência de baixa observada em outras regiões, como Londrina (-20,99%) e Maringá (-19,31%).

Por outro lado, frutas apresentaram alta pontual, puxada pela banana-caturra, que subiu 15,95% no mês devido à baixa oferta no mercado interno, resultado direto de alterações climáticas que afetaram a produtividade.

Pressões inflacionárias ainda vêm das proteínas

Apesar das quedas recentes, algumas categorias ainda exercem pressão inflacionária no acumulado de 12 meses. As carnes lideram os aumentos: carne bovina (+21,56%), carne suína (+12,87%) e ovos de galinha (+10,61%), além de bebidas e infusões (+13,57%).

Em contrapartida, os produtos que mais contribuíram para conter a inflação no ano foram cereais (-23,94%), frutas (-6,68%) e óleos e gorduras (-4,78%). Esses grupos funcionam, no atual cenário, como contrapeso à volatilidade dos preços das proteínas.

Tendência estadual: retração homogênea

A análise regional do IPR mostra que todas as nove localidades pesquisadas acompanharam a tendência de queda. Além de Guarapuava (-0,47%) e Umuarama (-0,69%), Curitiba registrou -0,35%, Londrina -0,34%, Foz do Iguaçu -0,29%, Maringá -0,27%, Ponta Grossa -0,22%, Cascavel -0,19% e Pato Branco -0,15%.

Entre os dados mais expressivos, Pato Branco registrou queda de 33,28% no preço do pepino. Em Curitiba, a retração foi de 30,91%. Esses recuos reforçam o impacto da oferta ampliada e da sazonalidade sobre os preços dos alimentos frescos.

Metodologia: big data e comportamento de consumo

O IPR é produzido mensalmente pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), com base em cerca de 2,5 milhões de registros extraídos de Notas Fiscais ao Consumidor Eletrônicas (NFC-e), emitidas por 583 estabelecimentos comerciais em nove municípios do Paraná.

A cesta de 91 produtos, divididos em 18 subgrupos, reflete os hábitos de consumo das famílias, conforme delineado pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE. O levantamento capta variações reais de preços e fornece uma leitura detalhada sobre a dinâmica inflacionária no estado.

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