Brasil tem deflação em agosto com queda nos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica
Índice inflacionário fica abaixo de zero (0,14%), com tendência de retração
26/08/2025
O principal indicador de inflação do Brasil apresentou em agosto uma rara queda mensal, puxada por tarifas mais baixas de energia elétrica, alimentos mais baratos e redução no custo dos combustíveis, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, recuou 0,14% em agosto, após alta de 0,33% em julho. Foi o primeiro resultado negativo desde julho de 2023 e o mais baixo desde setembro de 2022.
Em 12 meses, os preços ao consumidor acumularam alta de 4,95%, abaixo dos 5,30% de julho, mas ainda acima da meta de 3% perseguida pelo governo, que admite uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A queda foi explicada principalmente pelo recuo de 4,93% nas tarifas de energia elétrica residencial, reflexo do chamado Bônus de Itaipu, um subsídio pontual que compensou custos adicionais da bandeira vermelha 2. O item sozinho retirou 0,20 ponto percentual do índice.
Alimentos e bebidas também registraram deflação, com queda de 0,53%, a terceira seguida, influenciada pelo barateamento de itens como manga, batata, cebola e tomate. O grupo transportes recuou 0,47%, com destaque para gasolina (-1,14%) e passagens aéreas (-2,59%).
Quatro dos nove grupos pesquisados tiveram queda, incluindo comunicação. Já serviços como despesas pessoais e educação continuaram em alta, compensando parcialmente a desaceleração.
O resultado mais fraco da inflação surge em um momento em que o Banco Central avalia seus próximos passos de política monetária. Embora o acumulado em 12 meses siga acima do teto da meta de 4,5%, os números de agosto sugerem alívio nas pressões de preços em itens-chave da cesta de consumo.
O índice oficial de inflação (IPCA) de agosto será divulgado em 10 de setembro.
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