Atletismo: casal guarapuavano transforma amor em resistência, vitórias e recebe homenagem da Prefeitura
A exemplar história de Odair José da Luz e Taciele Rodrigues
14/10/2025
Por mais de uma década, Odair José da Luz e Taciele Rodrigues, moradores de Guarapuava, mantêm um relacionamento poliamoroso com o asfalto. Juntos, atravessam ruas, estradas e fronteiras municipais, numa rotina marcada por tênis gastos, medalhas acumuladas e um amor em ritmo de prova. Neste último domingo, os dois adicionaram mais um capítulo à sua já longa biografia esportiva: subiram ao pódio na Corrida Outubro Rosa, em Prudentópolis, cidade vizinha, onde o rosa é a cor da conscientização e, também, da vitória.
Taciele venceu a prova feminina geral. Odair ficou em oitavo no geral masculino e levou o primeiro lugar na categoria. Um casal sincronizado não apenas no amor, mas também nos resultados.
Casal cultiva uma vida de superações e conquistas
O feito não passou despercebido. A Prefeitura de Guarapuava, cidade onde moram e correm, decidiu prestar homenagem aos dois. Um gesto público de reconhecimento – raro num país onde o esporte amador costuma ser praticado no anonimato das madrugadas e nos bastidores das redes sociais.
A história dos dois começa com um empurrão. Não de um ao outro, mas de um amigo, que sugeriu a Odair, ainda solteiro, que tentasse uma corrida de rua. Ele foi, correu, gostou. O resto é história – e quilometragem. Casou-se, convenceu a esposa a acompanhá-lo e, desde então, correm juntos. Em Guarapuava, no Rio de Janeiro, em Foz do Iguaçu. No calor, na chuva, no pódio.
Odair é campeão paralímpico em provas de 400, 800 e 1.500 metros. Venceu, também, três vezes a prova de revezamento da Maratona de Foz. Taciele coleciona troféus, mas parece mais interessada em deixar uma mensagem: correr salva. Ou, no mínimo, conforta. “É um incentivo para que outras mulheres cuidem da saúde. E para as que estão doentes, que não desistam. A corrida é sobre não desistir”, diz.
O casal representa o bairro Xarquinho. A pronúncia pode ser difícil para forasteiros, mas em Guarapuava o nome é sinônimo de resistência – e de parceria. A Prefeitura reconhece. A comunidade acompanha. E os dois seguem correndo, com a constância de quem já entendeu que o segredo não está na linha de chegada, mas no caminho até ela.
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