Acompanhe o andamento do júri do réu Rodrigo Vermeio

Motivo fútil sem direito a defesa é a linha de defesa da Promotoria e da assistência de acusação contra o réu Rodrigo Neumann Pires, aberto pouco antes das 10 horas da manhã desta terça-feira (4) no Tribunal do Júri, Fórum Desembargador Guarita Cartaxo, em Guarapuava. 

Até 15 horas, foram ouvidas as testemunhas de  defesa e acusação, entre elas as mães de Vanderlei Antônio de Lima e de Edineia Capote de Oliveira Gonçalves – ambos seguranças da Conveniência Ágata, no bairro Conradinho, onde foram mortos por Neumann Pires, também conhecido como "Vermeio" e "Parça 10", em 23 de março de 2024.

Rodrigo Vermeio foi o último a ser ouvido e pediu perdão pelo crime. "Se eu pudesse, estaria no lugar deles", disse o réu, em referência às vítimas.

A mãe do réu também depôs, a pedido da defesa, para falar que o filho era um bom pai, religioso que participava do movimento Acampamentos (Igreja Católica) e acabou tomando uma atitude precipitada após ser agredido pelos seguranças.  Ela pediu ao corpo de jurados para dar uma "nova chance" ao filho. Os jurados são compostos por 4 mulheres e 3 homens.

A Promotoria é representada pelos promotores Dunia Serpa Rampazo e Pedro Dantas (diretor do Gaeco em Guarapuava), com a participação do advogado Jean Campos como assistente de acusação. Eles defendem três qualificadoras na morte de Edineia – que participou da abordagem a Rodrigo Vermeio, mas não o agrediu – e duas na de Vanderlei – autor das agressões que motivaram o crime.

Os acusadores entendem que a reação de Rodrigo Vermeio foi desproporcional ao crime que praticou.

A defesa de Rodrigo Neumann Pires, patrocinada pelo Escritório Miguel Nicolau Júnior, procura desmontar as qualificadoras da acusação. Participam a advogada Eliziane Marcondes Soares e os advogados Felipe Bhals e Miguel Nicolau Junior. 

Segundo os defensores e o próprio réu, Rodrigo Vermeio agiu sob "forte emoção" após ser agredido, sem reagir, dentro da conveniência. 

A versão de Rodrigo Vermeio é de que entrou no banheiro, com mais dois homens, para "comprar Viagra e gel sexual", enquanto a acusação procura apontar evidências de que estavam no banheiro para consumir drogas. Testemunhas da acusação, funcionários da conveniência, afirmaram que Rodrigo portava "cocaína" dentro da carteira.

Para justificar a agressão, a acusação alega que o réu proferiu palavras de baixo calão a Edineia e que Vanderlei, seu marido, se alterou. Segundo as informações, Vanderlei era lutador profissional de muay thai.  

Com as qualificadoras, Rodrigo Neumann Pires pode pegar até ou 40 anos de prisão em regime fechado. 

Eram por volta das 16h50 a Promotoria estava na fase das alegações iniciais. Em seguida, é a vez da defesa. A previsão inicial é de que o júri prolongue-se ate quarta-feira, mas houve antecipações e poderá se encerrar ainda hoje.

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