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A fúria do tempo: agora é temporal com granizo que provoca destruição em Guarapuava

Moradores do distrito de Palmeirinha foram os mais atingidos

23/11/2025
"Pedras do tamanho de um ovo": destruição em meio à chuva

Era avançado da noite deste domingo (23) e a Defesa Civil de Guarapuava e o Corpo de Bombeiros prosseguiam no rescaldo de mais uma tragédia provocada por variações climáticas no município – desta vez, com chuvas de granizo que deixaram dezenas de famílias desabrigadas, principalmente no distrito de Palmeirinha.

A Defesa Civil de Guarapuava (PR) registrou 91 atendimentos até a tarde de domingo devido às chuvas que atingiram diferentes regiões do município. Os moradores relataram a ocorrência de pedras de granizo do "tamanho de um ovo". 

Os chamados incluíram ocorrências como infiltrações, deslizamentos pontuais, quedas de galhos e alagamentos em vias urbanas.

De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), o maior acumulado de chuva foi na estação das Centrais Elétricas do Rio Jordão (Elejor), con 14,4 milímetros. Na estação do próprio Simepar, o volume chegou a 7,2 mm, enquanto o distrito de Entre Rios contabilizou 6 mm.

O Simepar informou que a instabilidade foi resultado da atuação de uma frente fria posicionada no oceano, que não chegou a avançar sobre o território paranaense. Mesmo distante, o sistema favoreceu a formação de um cavado meteorológico, área de baixa pressão atmosférica que intensifica a formação de nuvens de tempestade.

Segundo os meteorologistas, esse tipo de configuração é comum nesta época do ano e costuma provocar pancadas isoladas, acompanhadas de rajadas de vento e mudança brusca na umidade do ar. A previsão indica que o tempo deve permanecer instável nos próximos dias, com possibilidade de novas ocorrências.

A Prefeitura de Guarapuava informou que equipes seguem em alerta para eventuais chamados e que orienta moradores de áreas sujeitas a alagamentos ou deslizamentos a redobrarem a atenção. Não houve registro de feridos até a publicação desta reportagem. 

O distrito de Palmeirinha fica no lado oposto do assentamento Nova Geração, distrito de Entre Rios, onde um tornado destruiu 17 residências e matou um morador no último dia 7. 

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