Ratinho Júnior terá que colocar todo seu capital eleitoral para derrotar Moro
14/11/2025
Por mais que Guto Silva e Alexandre Curi (ambos PSD) tentem colar em Ratinho Júnior, o senador Sérgio Moro (União Brasil) continua liderando as intenções de voto do eleitorado paranaense. De um lado, a propaganda oficial procura mostrar um governo “eficiente e realizador”, colocando o Paraná em índices econômicos acima do governo federal; do outro, tanto Guto Silva como Alexandre Curi batem na tecla da “continuidade”.
O mais recente levantamento do instituto Paraná Pesquisas aponta que as tentativas dos governistas não têm surtido o efeito desejado: a cada pesquisa, Moro aparece na frente. Para piorar o quadro, os números divulgados nesta quinta-feira mostram o oposicionista Requião Filho (PDT) em segundo lugar.
Senador em 1º, Requião Filho em 2º
O Paraná Pesquisas foi a campo entre os dias 7 e 11 de novembro de 2025 com 1.508 eleitores, indicando que Moro aparece com 47,5% das intenções de voto no cenário estimulado. O deputado estadual Requião Filho surge em segundo lugar com 28,8%.
Guto e Curi não decolam
As estatísticas mostram Guto Silva e Alexandre Curi estagnados. Se o candidato fosse Guto Silva, ele estaria hoje com 7,8%. Já Curi, um pouco melhor, aparece com 13,8% – mas, ainda assim, a metade de Requião Filho. Votos brancos ou nulos somam 8,8% e 7,2% dos entrevistados afirmaram não saber ou não responderam.
Quem cola em quem
A questão no PSD não é apenas definir quem será o candidato sob as bençãos de Ratinho Júnior. É fazer com que o escolhido apareça aos olhos do eleitorado com voo próprio, na dimensão que a propaganda do governo do Estado divulga com tanta ênfase.
Contexto e análise
A liderança de Moro indica que ele já parte como franco-favorito para a disputa estadual, enfrentando possível fragmentação dos demais candidatos.
■ O fato de Ratinho Júnior não poder concorrer à reeleição abre espaço real para mudança no Palácio Iguaçu.
■ A diferença de cerca de 18,7 pontos entre Moro e Requião Filho no primeiro cenário (“47,5% vs 28,8%”) sugere uma vantagem confortável, mas ainda suscetível a mudanças até o pleito.
■ A entrada (ou não) de certos nomes e alianças políticas será crucial para reduzir ou ampliar essa vantagem até 2026.
Guarapuava de “busão”
Diretor financeiro de um grupo empresarial de Guarapuava escreve para o Poucas&Boas do Portal Paraná Central para relatar as agruras de uma viagem a São Paulo, diante da ausência de linha aérea. Para ir a uma reunião de trabalho na capital paulista, um bate-volta levou 12 horas de ônibus para ir e outras 12 horas para voltar. Além do tempo de viagem, a necessidade de chegar descansado para uma maratona de atividades de negócios e ter que retornar no mesmo dia, para voltar ao trabalho em Guarapuava no amanhecer.
Trabalhando para dar certo
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Júlio Agner, apresentou ao prefeito Denilson Baitala e equipe o projeto de ampliação do terminal de passageiros do Aeroporto Tancredo Thomaz de Faria. Prevê o dobro do tamanho do atual. A pista será aumentada, comportando operação com até dois aviões simultaneamente. As ideias ainda estão no papel. A estimativa é de que a nova reforma, se aprovada, irá consumir cerca de R$ 70 milhões em recursos públicos. O objetivo é de que seja bancada pelos cofres estaduais.
À espera do voo
A expectativa é de que a ampliação do aeroporto atraia novas companhias aéreas, com aeronaves para 120 passageiros ou mais. O turboélice da Azul, que operou até setembro, comportava até 72 passageiros.
“Compromisso com Guarapuava”
O ruralista Josiel Lima acalma possíveis solavancos na política local, por aparecer com alto índice de popularidade entre o eleitorado. Ex-candidato a deputado federal, Josiel lembra que é presidente do diretório municipal do MDB e que está apenas fazendo sua parte como cidadão, ao trazer temas à reflexão da população. Segundo ele, todos deveriam fazer isso, para que Guarapuava amplie o debate político. “Tenho compromisso com meu partido e com Guarapuava”, observou ele.
Maioria no STF contra Eduardo Bolsonaro
A Primeira Turma do STF formou maioria para tornar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) réu por coação no curso do processo. Votaram nesse sentido Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Falta apenas o voto de Cármen Lúcia. A votação segue até 25/11.
Tarifaço e sanções
A denúncia da PGR aponta que o deputado teria atuado junto ao governo dos EUA para pressionar por tarifas contra exportações brasileiras, suspensão de vistos de autoridades e aplicação da Lei Magnitsky. Moraes afirmou haver “provas de articulação” do parlamentar.
Ação penal a caminho
Com o recebimento da denúncia, abre-se ação penal. O deputado poderá apresentar defesa, indicar testemunhas e solicitar diligências.
Ausência prolongada
Fora do país desde fevereiro, Eduardo está nos EUA e não comparece à Câmara desde o fim da licença de 120 dias, encerrada em julho. Pode ser cassado por faltas.
Defesa improvisada
Sem advogado constituído, o deputado foi defendido pela DPU, que pediu a rejeição da denúncia. Argumentou que as manifestações do parlamentar seriam “legítimas” no exercício do mandato.
Reação nas redes
Pelas redes sociais, Eduardo classificou o voto de Moraes como “caça às bruxas” e disse não ter sido oficialmente notificado.
Há controvérsias
O Paraná terá segundo turno?
Todo mundo fala
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