Pinturas que contam a chegada dos portugueses em Guarapuava retornam à cidade após mais de dois séculos
Exposição “Do Contato ao Confronto: A Conquista de Guarapuava no Século XVIII” resgata a origem da cidade e emociona o público
25/10/2025
Prefeito Denilson Baitala com diretores do Instituto Histórico e Geográfico de Guarapuava A noite desta sexta-feira (24} marcou um momento histórico para Guarapuava. A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura, e em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico de Guarapuava (IHGG), realizou a abertura da exposição “Do Contato ao Confronto: A Conquista de Guarapuava no Século XVIII”. O evento apresentou 38 obras do artista Joaquim José de Miranda, produzidas no final do século XVIII, que retratam a chegada dos portugueses e a expedição de Afonso Botelho de Sampaio e Sousa e Cândido Xavier aos antigos Campos de Guarapuava.
Resultado de quase 17 anos de esforços e negociações, a exposição simboliza o retorno das obras ao seu local de origem, resgatando a memória e reafirmando a importância da história guarapuavana no contexto da formação do Paraná.
Durante a cerimônia de abertura, o prefeito Denilson Baitala destacou o valor histórico e simbólico do momento.“Essas obras são parte da nossa identidade, então trazer essas aquarelas para cá é fazer justiça com a nossa memória, é permitir que novas gerações compreendam de onde viemos e o quanto a nossa história é grandiosa.”
O evento também contou com a presença do ex-prefeito Fernando Ribas Carli, que teve participação importante na articulação para que as obras chegassem até Guarapuava. Em sua fala, ele agradeceu o empenho da atual gestão e reforçou o orgulho pela história local.
“E eu quero aqui agradecer a boa vontade do prefeito, de toda a sua equipe da Cultura, no sentido de trazer essas fotografias para nós, porque, minha gente, gente da minha terra… Eu tenho muito orgulho da nossa história, porque poucos são os municípios do Paraná que têm a riqueza que a história de Guarapuava possui”, comentou Fernando Carli.
A cerimônia foi abrilhantada pela apresentação da Orquestra da Corporação Musical de Guarapuava, que emocionou o público com interpretações especiais para a ocasião.
Em seguida, foi exibido o documentário produzido pela Secretaria de Comunicação de Guarapuava, que contou com depoimentos de historiadores e pesquisadores do Instituto Histórico e Geográfico de Guarapuava. O audiovisual apresentou a trajetória das aquarelas e contextualizou o processo histórico da chegada dos europeus à região central do Paraná.
A escritora e pesquisadora Marilda Alves de Campos destacou a relevância das obras de Joaquim José de Miranda para a compreensão da história local. “Os desenhos do Joaquim José de Miranda representam a expedição do Afonso Botelho de Sampaio e Sousa. É como uma história em quadrinhos que conta justamente essa chegada dos portugueses, aqui nos Campos de Guarapuava, né? É um documento extraordinário, muito bonito”, explicou a pesquisadora.
As obras de Joaquim José de Miranda são um conjunto de aquarelas que funcionam como uma narrativa visual da expedição de Afonso Botelho, ocorrida entre 16 de dezembro de 1770 e 11 de janeiro de 1771, uma das mais importantes dentre as dez expedições comandadas pela Coroa Portuguesa nos sertões do Paraná, na época a 5ª Comarca de São Paulo. As imagens detalham paisagens, encontros e confrontos que marcaram o início da colonização europeia na região de Guarapuava, tornando-se um registro único da história local.
Entre o público, a visitante Maria Ondina se emocionou ao ver de perto as obras. “A gente sempre ouviu falar sobre a história da chegada dos portugueses, mas ver tudo isso representado nas aquarelas é como voltar no tempo.”
Apresentada inicialmente no Teatro Municipal Marina Karam Primak, a exposição seguirá em itinerância, passando pela Prefeitura de Guarapuava, pela Câmara Municipal e por outros espaços culturais que serão divulgados em breve.
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