Funcionários da Pérola param 50% do transporte a partir desta terça-feira
Greve é por reposição salarial e tempo indeterminado
13/06/2022A greve no transporte coletivo de Guarapuava, programada para zero hora desta terça-feira e por tempo indeterminado, vai afetar a metade das 35 linhas em operação na atualidade. O sindicato que atende os funcionários da concessionária Pérola do Oeste pediram à Justiça que 80% do serviço fossem paralisados, mas o limite concedido foi 50%.
Existe uma estimativa de que o serviço a ser mantido cubra as principais linhas, sem causar grande impacto no atendimento à população. Pelo menos essa é a expectativa de setores ligados à Prefeitura. No entanto, áreas com grande fluxo de passageiros, como a do Residencial 2000, que chega a ter três ônibus de 15 em 15 minutos, serão duramente afetadas.
Os motoristas pedem reposição salarial de 11,8% retroativa a novembro do ano passado. A última oferta de 7% (a inicial era de 5%), a partir deste mês de junho, foi rechaçada pela assembleia dos trabalhadores.
A Pérola do Oeste é concessionária exclusiva do transporte urbano. A empresa - que pertence ao Grupo Gulin, dono da Princesa dos Campos e de outros ramos milionários de negócios - pede um subsídio mensal de R$ 600 mil à Prefeitura de Guarapuava. O valor acumulado seria referente a 2 anos, com um saldo a receber pela Pérola de aproximadamente R$ 14 milhões.
A Câmara Municipal tomou a iniciativa de ser interlocutora para aproximar os funcionários, a empresa e a Prefeitura numa mesa de negociações, na busca de um consenso.
Existe a proposta de abrir uma CPI para averiguar as contas da Pérola do Oeste.
A empresa teve sérios problemas na última concorrência, em 2009, que acabaram gerando uma ação judicial a pedido do Ministério Público, ainda sem desfecho.
A concessão vence em dezembro do próximo ano. A situação pode se arrastar até esse prazo, numa queda de braço entre a Prefeitura e a Pérola. A Prefeitura não deu nenhum sinal favorável e a empresa, por seu lado, já deu indícios de que poderá fazer quebra de contrato alegando sucessivos prejuízos financeiros.
Ninguém da Prefeitura se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
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