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Em meio à volatilidade, compradores de bitcoin crescem em 40%, segundo MB | Mercado Bitcoin

Veja como funcionou o Índice de Medo e Ganância no último período

30/11/2025

Em pouco mais de um mês, o bitcoin recuou cerca de 30%. Saiu dos US$ 126 mil da máxima histórica de outubro e escorregou para abaixo de US$ 90 mil no fim de novembro. Queda forte, capaz de assustar os marinheiros de primeira viagem, mas já conhecida por quem acompanha a dinâmica do mercado. Nos 14 dias de maior oscilação, o número de compradores de bitcoin subiu 40% em relação às duas semanas anteriores, indicando que muitos souberam ver o momento de baixa do ativo como oportunidade, segundo levantamento do MB | Mercado Bitcoin, plataforma líder em ativos digitais na América Latina.

Para Fabricio Tota, VP de Negócios Cripto do MB | Mercado Bitcoin, o momento exige disciplina dos investidores. Diante de uma queda forte, vender por impulso tende a custar caro lá na frente. “Em 2022, o bitcoin também despencou mais de 70%. Pouco tempo depois, o ativo multiplicou seu valor por cinco. É justamente nas fases de turbulência que se constrói o ganho de longo prazo, desde que o investidor consiga manter a estratégia e não se deixar levar. Quando falamos em altcoins, a estratégia deve ser a mesma”, comenta.

A recente volatilidade da criptomoeda não é obra do acaso. Os juros altos nos EUA deixam os títulos americanos mais atraentes e retiram liquidez dos ativos de risco. As tensões geopolíticas também aumentam a cautela e levam muitos investidores a buscar opções mais conservadoras. E, por fim, muita gente aproveitou a forte alta para realizar lucro, um movimento normal, visto tanto entre investidores individuais quanto entre grandes ETFs nos EUA e que acaba pressionando o preço temporariamente.

No último mês, o Índice de Medo e Ganância - um indicador que mede o sentimento do mercado cripto, variando de extremo medo (0) a extrema ganância (100) - despencou para 15, zona de pessimismo extremo que costuma anteceder altas do ativo. Analistas do MB indicam que, sempre que o indicador cai abaixo de 20, o bitcoin costuma entregar, em média, mais de 40% de retorno nos 90 dias seguintes.

Mas, na prática, o que fazer quando o mercado balança?

É impossível identificar com precisão o ponto exato em que criptoativos, seja o bitcoin ou altcoins, atingem seu menor preço antes de voltar a subir. Por isso, uma das estratégias mais eficientes continua sendo realizar pequenos aportes de forma constante. “Essa abordagem dilui o preço médio ao longo do tempo e reduz a dependência de análises gráficas extremamente detalhadas, permitindo capturar bons pontos de entrada mesmo em cenários voláteis", reforça o VP de Negócios Cripto do MB.

Para quem prefere esperar um pouco mais até o mercado dar sinais mais claros, existem alternativas além das altcoins. Uma delas é buscar ativos menos voláteis, como a renda fixa digital (RFD) ou stablecoins. Segundo Tota, a renda fixa digital no MB entregou em 2025 uma média de 132% do CDI, em muitos casos isenta de imposto de renda.

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