Uma briga entre irmãos durante a tradicional Festa do Divino Espírito Santo, em Pitanga (região central do Paraná), quase terminou em tragédia no início da noite deste domingo (8). O conflito, que teve início durante o evento religioso, evoluiu para uma tentativa de homicídio com disparos de arma de fogo horas depois, na zona rural do município. No conflito foram usadas armas de grosso calibre e os tiros atingiram a mão de um dos irmãos, carro e cômodos da residência. (foto acima)

Segundo a Polícia Militar, a primeira ocorrência foi registrada por volta das 17h50, quando um homem de 36 anos, envolvido em uma discussão entre membros de duas famílias, efetuou disparos para o alto e deixou o local em uma caminhonete GM S10. Cerca de uma hora depois, por volta das 19h, o conflito ganhou novos contornos. Um homem de 34 anos chegava à casa do pai, na Vila Rural, acompanhado da filha, quando foi surpreendido por tiros vindos de outro veículo. A residência, onde estavam outros familiares, também foi alvo dos disparos.

Ao tentar intervir, o homem foi atingido na mão direita, sofrendo fratura. Ele foi socorrido e levado ao hospital municipal, onde aguardava transferência para realizar cirurgia.

No local do atentado, a polícia recolheu cartuchos deflagrados de calibres 12, 9 mm e .38. As vítimas relataram que os autores seriam os próprios irmãos da vítima, além de um quarto envolvido ainda não identificado.

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Os suspeitos não foram localizados até a última atualização desta reportagem.

O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que deve investigar o episódio como tentativa de homicídio. A motivação da briga ainda não foi esclarecida.

Confronto em Pitanga, um mês depois da morte entre cunhados no distrito de Guairacá, em Guarapuava

O epísódio de Pitanga acontece um mês depois da tragédia ocorrida em Guarapuava, no distrito de Guairacá, em que um cunhado matou outro cunhado e em seguida foi morto por um policial-militar fora de serviço, também durante uma festa religiosa. (foto acima)

No Guairacá, o agricultor Jacir Salvador (71 anos) atirou e matou o cunhado Irineu Chimanski (69), supostamente por um disputa por terra.

O nível dos conflitos entre pessoas, atingindo membros de próprias famílias, volta a assustar o Terceiro Planalto.

Décadas atrás, a região foi conhecida pelo seu grau de violência, quando ainda convivia sob a tensão das disputas entre famílias, em confrontos que eram intermináveis quando uma primeira pessoa era assassinada, seguida de uma sequência de vinganças – a chamada "cultura da violência".