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Unicentro tem 13 projetos aprovados pela Universidade Sem Fronteiras

Produção de materiais didáticos para a educação indígena obteve nota máxima

19/05/2020

A Superintendência de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) divulgou hoje, terça-feira, 19, o resultado da chamada pública para financiamento de ações universitárias extensionistas pelo Programa Universidade Sem Fronteiras (USF). No total, foram contempladas 85 propostas submetidas por instituições de ensino superior públicas – estaduais e federais – e privadas. Dessas, 13 são projetos de professores da Unicentro.

As duas propostas melhor avaliadas pelo conselho ad hoc da Seti – com nota final máxima, ou seja 10,0 – são da Unicentro: “Produção interdisciplinar, intercultural e bilíngue de materiais didáticos para alfabetização em contexto indígena no Paraná”, coordenada pelo professor Marcos Gerke, do Departamento de Pedagogia, do campus Santa Cruz; e “ Introdução das práticas interdisciplinares e da metodologia de justiça restaurativa na política de proteção à infância e juventude”, coordenada pela docente Andressa Kolody, do Departamento de Serviço Social, também lotado no Santa Cruz.

“Basicamente, essa é a ideia da proposta: produzir material de alfabetização – que envolve leitura, escrita, letramento, o numeramento, a cartografia social – que colabore para a alfabetização e tenha esse êxito, já que a primeira língua é a indígenas e, depois, a língua portuguesa. Ele tem essa importância grande porque ele é uma contribuição significativa para a educação indígena no Paraná. Nós temos raros materiais na escola indígena que trazem a língua e a cultura indígena. Então, a gente chega na escola indígena e pouco vê da sua cultura no ambiente de alfabetização”, explica o professor Marcos Gerke sobre a proposta submetida por ele e contemplada com financiamento pela Seti.

A Unicentro participou da chamada pública do USF com 34 proposições. Dos 13 projetos aprovados, seis serão desenvolvidos por docentes vinculados a cursos ofertados no campus Santa Cruz; quatro por docentes do Cedeteg; e outros três por professores de Irati. Uma das propostas que será desenvolvida em Guarapuava é a da professora Daiana Novello, que tem como título “PreveNutri: prevenindo a obesidade infantil por meio de intervenções interdisciplinares. As ações envolvem docentes e estudantes dos cursos de Nutrição, Educação Física e Agronomia e contemplam a avaliação do estado nutricional das crianças da escolas da rede municipal; a realização das atividades educativas interdisciplinares, como a formação de hortas escolares, a leitura do rótulo nutricional dos alimentos; e promoção da prática de atividades físicas, a partir do resgate de antigas brincadeiras infantis, como a ciranda, a sapata e o pular corda.

“A gente pretende fazer várias atividades para melhorar os hábitos de saúde e reduzir o risco de doenças crônicas futuras. A gente sabe que a obesidade pode iniciar desde a infância, como outras doenças crônicas, e ela pode perdurar nas fases sequentes da vida, na adolescência, na fase adulta e idosa também. E com a obesidade, a gente tem o acréscimo de outras doenças crônicas como diabete, hipertensão, o próprio câncer. Então, se a gente conseguir modificar os hábitos de saúde – alimentação, atividade física -, se a gente conseguir esses hábitos desde idades mais recentes, a gente consegue – já tem muitos estudos que provam – que esses hábitos modificados eles conseguem perdurar durante as fases da vida. Então, a importância do meu trabalho, da nossa equipe, é fazer com que as crianças tenham diversas ações interdisciplinares que busquem essa melhoria dos hábitos da saúde e a prevenção da obesidade e das doenças crônicas, que elas vêm associadas, às vezes até na própria infância mesmo”, detalha Daiana.

Em Irati, prioridade é cuidado com empoderamento de mães de prematuros

Um dos três projetos de professores do campus de Irati aprovados é coordenado pela docente Cristina Fujinaga. O “HumanizAção: grupo de apoio, empreendedorismo e emponderamento feminino para mães de prematuros” tem como pano de fundo o enfrentamento dos altos índices de partos prematuros na região – taxa que, segundo a professora Cristina, está entre as maiores do estado.

“Essas mulheres, essas mães acompanham o internamento do seu bebê na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e passam uma grande parte do seu dia sem nenhum tipo de atividade para desenvolver. Então o projeto visa desenvolver essa atividades para ajudar essas mulheres a passarem por esse momento de extrema preocupação e sofrimento durante o internamento de seu filho. Acreditamos que essas atividades vão auxiliar essas mulheres no enfrentamento dessas condições que elas apresentam, de fragilidade pelo nascimento do filho prematuro, como também do seu próprio fortalecimento enquanto mulheres, cidadãs, capacitando-as a essa possibilidade de uma renda, ajudando na situação financeira da família”, conta a docente.

Para o cumprimento de todos os objetivos previstos, a proposta agrega professores e estudantes dos cursos de Fonoaudiologia, Psicologia e Administração do campus de Irati, além de mestrando e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Interdisciplinar.

Os projetos da Unicentro aprovados para financiamento do USF são:

– Produção interdisciplinar, intercultural e bilíngue de materiais didáticos para alfabetização em contexto indígena, sob coordenação do professor Marcos Gerke, do Departamento de Pedagogia, do campus Santa Cruz;

– Introdução das práticas interdisciplinares e da metodologia da justiça restaurativa nas políticas de proteção da infância e juventude, coordenado pela professora Andressa Kolody, do Departamento de Serviço Social, do campus Santa Cruz;

– Florescer: a universidade na escola, atuando na prevenção da violência contra a mulher, sob coordenação da professora Ariane Pereira, do Departamento de Comunicação, do campus Santa Cruz;

– PreveNutri: prevenindo a obesidade infantil por meio de intervenções interdisciplinares, coordenado pela professora Daiana Novello, do Departamento de Nutrição, do campus Cedeteg;

– Nós propomos! Guarapuava: juventude educando-se na/com a cidade, sobe coordenação da professora Marquiana Gomes, do Departamento de Geografia, do Campus Cedeteg;

– Frente de prevenção à violência contra doméstica contra mulheres, sob coordenação da professora Angela Maria Prates, do Departamento de Serviço Social, do campus Santa Cruz;

– HumanizAção: grupo de apoio, empreendedorismo e emponderamento feminino para mães de prematuros, coordenado pela professora Cristina Fujinaga, de Departamento de Fonoaudiologia, do campus de Irati;

– Fortalecimento do conhecimento, cultivo, uso e processamento de plantas medicinais por grupos de mulheres agricultores, sob coordenação do professor Marcelo Barreto, do Departamento de Geografia, do campus Irati;

– Capacitação para o cultivo agroecológico de hortaliças, visando a inserção laboral, incremento de renda familiar a transformação social de pessoas portadoras de deficiência visual na região de Guarapuava, coordenado pelo professor Sidnei Jadoski, do Departamento de Agronomia, do campus Cedeteg;

– Artes do corpo e educação, sob coordenação da professora Gláucia Kronbauer, do Departamento de Educação Física, do campus de Irati;

– Trabalho social com famílias de catadores de materiais recicláveis em Guarapuava, coordenado pela professora Nayara Bueno, do Departamento de Serviço Social, do campus Santa Cruz;

– Educação, memória e história: o Museu do Holocausto como uma “luz sobre o caos”, sob coordenação da professora Maria Cleci Venturini, do Departamento de Letras, do campus Santa Cruz;

– e Atuação do médico veterinário no Núcleo de Apoio à Saúde da Família, coordenado pelo professor Adriano Carrasco, do Departamento de Medicina Veterinária do campus Cedeteg.

 

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