Guarapuava está entre os 100 municípios mais ricos do agronegócio brasileiro

Guarapuava está entre os 100 municípios com maior participação no valor da produção da agricultura brasileira. Os dados foram divulgados na última semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com base na pesquisa anual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM).

A lista abrange 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes produzidas nos 5.563 municípios do Brasil, classificando os 100 principais com base no valor da produção.

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Em 2023 o valor da produção agrícola brasileira atingiu R$814,5 bilhões, dos quais os 100 municípios com maior valor da produção representaram 31,9% deste total (R$260 bilhões). Destes, 62 estão localizados na região Centro-Oeste, 16 no Sudeste, 13 no Nordeste, 5 no Sul e 4 na região Norte.

Com uma produção avaliada em R$1.619.804, Guarapuava ocupa o 65° lugar, representando cerca de 0,2% do cenário nacional. Junto com Tibagi (81°), também ajudou o estado do Paraná a se destacar na área colhida por hectares e no valor da produção.

A soja permanece como a principal cultura do país, com 44.447.552 hectares colhidos, 152.144.238 toneladas produzidas e um valor de produção de R$348.661.338. Em Guarapuava, a área plantada é de 75.860 hectares, com um valor bruto de produção (VBP) de R$699.307.172, representando 28,25% da produção agropecuária local. Além da soja, a cana-de-açúcar, o café e o milho também se destacam como produtos com significativa participação na produção nacional.

 OUTROS DESTAQUES

 Conforme dados do IBGE, o Paraná ocupa uma posição de relevância na produção nacional de cevada, com Guarapuava liderando o setor. Em 2023, a safra da cultura somou 44,4 mil toneladas e gerando um rendimento de R$59,9 milhões.

 Além da cevada, Guarapuava também se destaca na produção de batatas. Com cerca de 4 mil hectares dedicados a essa cultura, o município produz anualmente 120 toneladas, consolidando como o líder estadual tanto na primeira quanto na segunda safra.

A safra de feijão para 2024 deve apresentar um aumento significativo, com estimativas que apontam para cerca de 251 milhões de toneladas, superando os números de 2023. Esse crescimento se deve à manutenção de preços elevados, impulsionados pela demanda externa. A possibilidade de exportação tem contribuído para a valorização do produto, oferecendo aos produtores uma nova alternativa de rentabilidade em suas lavouras.

 As culturas agropecuárias elevam o Valor Bruto da Produção (VBP), que tem peso de 8% na formação da cota-parte do ICMS para a constituição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o principal repassador de recursos para muitos dos municípios brasileiros.