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Classificado, Batel procura superar agressão e se apronta para próxima etapa

Diretoria se declarou "estarrecida" com "injúria racial" proferida pelo ex-volante Diego

07/10/2025
Leonardo Mattos Leão, presidente do Batel: Leonardo Mattos Leão, presidente do Batel: "Atitude do ex-jogador não nos representa"

Classificado para a próxima fase da Taça FPF, o Batel segue de cabeça erguida, segundo a diretoria, tratando a acusação de injúria racial do volante Diego contra o zagueiro PV (Nacional), como uma atitude isolada que não representa o pensamento do clube.

Apesar do "day after", o Batel teve motivos de sobra para momentos de tensão e tristeza. Quem interpreta esse sentimento é o presidente batelino, Leonardo Mattos Leão, que disse que diretores e jogadores ficaram "eatarrecidos" com a atitude de Diego e a repercussão que o episódio provocou em todo o País.

Momento da agressão (acima) do volante Diego e a reação do zagueiro PV (no alto) nas redes sociais: "Fogo nos racistas"

O desentendimento aconteceu na partida disputada sábado, em Guarapuava. Num lance dentro da pequena área do Nacional, Diego se dirige falando a PV, que dá passos à frente e retorna acertando um violento soco no rosto do adversário. 

Ao saber da atitude do jogador do Batel, o juiz cruzou os braços com o punho cerrado, sinalizando discriminação racial, o que é amplamente combatido no futebol brasileiro. O zagueiro PV acabou expulso e Diego foi levado para um hospital.

O caso foi parar na Polícia Civil e nos noticiários dos principais sites esportivos  do País. Diego alegou que, antes de falar a PV, foi xingado por ele.

Mesmo assim, a atitude do volante totalmente repudiada, a começar dentro do próprio Batel. A iniciativa da diretoria do Batel foi pelo desligamento imediato do zagueiro Diego do elenco e comunicados públicos reprovando a ação do jogador. "Não nos representa", resumiu Leonardo de Mattos Leão. "Somos totalmente contra qualquer tipo de racismo", pontuou o dirigente.

Também repercutiu a publicação do jogador Paulo Vitor Oliveira, o PV, em uma rede social. No texto, o zagueiro diz que o combate ao racismo exige reações enérgicas, pois "só assim eles (os agressores) sentem na carne". Ao mesmo tempo, disse esperar que "justiça seja feita" para punir o jogador Diego.

A 14ª  Subdivisão Policial de Guarapuava abriu inquérito para apurar as agressões físicas. O Tribunal Desportivo da Federação Paranaense também irá se pronunciar.

Com o resultado favorável na partida, que terminou em 1 a 0 para o Batel e lhe garantiu classificação para  a próxima fase, o Rubro-Negro guarapuavano dedica-se agora aos preparativos. De uma coisa tem certeza: fortalecer o elenco e disputar o campeonato na bola – não no grito. 

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