Polícia Militar diz que homem que causou tragédia na BR-277 vendia drogas na Av. Manoel Ribas

Policiais seguiram pelo acostamento; fugitivo bateu em dois carros

Em nota enviada à imprensa na manhã desta sexta-feira, o comando do 16º Batalhão de Polícia Militar afirmou que o traficante que causou a tragédia de ontem à noite na BR-277, por volta das 20h30, estava vendendo drogas na Avenida Manoel Ribas quando se iniciou a perseguição policial. 

Segundo a PM, o setor de inteligência apurava informações sobre a atuação do suspeito, que circulava num Gol branco. Ao perceber a presença dos policiais, o homem deu marcha à ré, pela Manoel Ribas, contornou e seguiu em direção ao viaduto da 277 pela contramão.

TRAGÉDIA NA 277“Policiais não tinham outra alternativa”, avalia a PM sobre a perseguição na 277Dúvidas foram levantadas por leitores do Portal Paraná Central e do Viva Guarapuava

Na sequência, a viatura que estava em operação chamou reforço e seguiu atrás do fugitivo, também pela contramão. Os policiais iam pelo acostamento, buscando contato visual do Gol, até que as outras viaturas pudessem fazer bloqueio no sentido contrário. 

Quatro veículos se envolveram na tragédia que quase dizimou uma família.  O relato da PM é de que o Gol seguia no sentido Foz do Iguaçu fazendo manobras em zig-zag, obrigando os motoristas a desviarem para o acostamento. A certa altura,  o fugitivo bateu na lateral de uma Ranger, que colidiu contra a viatura da PM.

Os policiais contam que prestaram os primeiros atendimentos aos ocupantes da Ranger, que nada sofreram, a exemplo deles, e seguiram a pé pela rodovia ao ouvirem gritos, a 300 metros. Depararam-se com o Siena (placas de Cascavel), com o homem já falecido e sua esposa (20 anos) e filha (3 anos), ambas gravemente feridas. No Gol, que bateu no Siena, estava o suspeito de tráfico também com graves ferimentos. O corpo foi recolhido para o IML e os feridos para o Hospital São Vicente. 

No carro do traficante, os policiais encontraram uma carteira de identidade falsa e uma balança de precisão. Segundo o 16º BPM, o homem tem passagens pela polícia por adulteração de chassi de veículos, desobediência e acidentes de trânsito. Ele deverá responder por homicídio culposo (lei 9.503/97 do Código de Trânsito) e por falsificação de documento.