Filomena, atropelada por Scherner Neto, foi enfermeira e auxiliava em partos

Segundo o filho, uma vida de renúncias, evangelização e amor

A aposentada Filomena Schepanksy teve a vida interrompida aos 70 anos de idade, no dia 12 de janeiro de 2020, após colecionar uma carreira de bons serviços prestados como enfermeira na época em que o atual Instituto Virmond era conhecido por Hospital Santa Tereza, seu nome original.

Na manhã daquele domingo, Filomena saiu com sua irmã mais velha, de 79 anos, para manter sua rotina dos domingos, caminhando de sua casa pela Avenida Moacyr Julio Silvestri, altura da Havan, em direção à Igreja Matriz de Santa Terezinha, no bairro onde morava.

Eram cerca de 7 horas da manhã e as duas irmãs caminhavam pelo canteiro central da Avenida, quase numa esquina, quando foram surpreendidas por uma BMV que avançou sobre elas, matando Filomena. A idosa chegou a ser socorrida por populares, enquanto o acusado, Rodolfo Scherner Neto, saía do local sem prestar socorro e seria preso horas depois, ainda sob flagrante.

O filho de Filomena, Thiago Dias, distribuiu à imprensa imagens da mãe do tempo em que ela auxiliava nos partos no hospital. Em uma das fotos, ela está atendendo sêxtuplos recém-nascidos. Em mensagem numa rede social, o filho escreveu: “Obrigado pelas renúncias, doação, amor, evangelização, carinho, atenção, cuidado, exemplo, praticado durante a sua vida.”